

O primeiro presidente de fato e não de
direito, do Centro Irmão Cacique de Barros foi Euclydes Barros, que não tem nenhum parentesco com o Padre
Cacique. Euclydes era ferroviário. Nasceu em Passo Fundo e começou as reuniões espíritas em sua própria
casa, na Rua Duque de Caxias, no bairro Cidade Alta, em 1943, em Bento Gonçalves.
A instalação oficial do Centro Espírita Irmão Joaquim Cacique de Barros,
ocorreu no dia 03 de setembro de 1946, na sala da residência de Euclydes.
Para fugir das perseguições religiosas, ficou acertado que o Capitão do
Exército, Sr. Duílio Lena Bérni seria o presidente eleito, da primeira diretoria do Centro. O vice foi o Sr. João
Tramontina.
Após a instalação da primeira diretoria do Centro Espírita Cacique
de Barros, em 1946, as atividades deixaram de ser realizadas na residência de Euclydes e passaram a ser realizadas
em uma casa construída no Bairro São Roque, com o apoio da Cruzada Espírita dos Militares – entidade criada para
ajudar na divulgação do Espiritismo.
A compra do terreno onde está construída a sede do Centro Espírita Irmão
Joaquim Cacique de Barros ocorreu em 06 de junho de 1948, na gestão do presidente Servílio Donini. A compra foi
realizada por Cesarino Romagna, para burlar o preconceito da sociedade influenciada pela igreja Católica, na
época.
Em 18 de dezembro de 1950, os associados aprovaram em Assembleia Geral, a
transferência do imóvel para a Federação Espírita do Rio Grande do Sul – Fergs, ficando o usufruto do imóvel ao Cacique
de Barros enquanto existisse como Sociedade Espírita Cardecista.
A reversão do imóvel passou por uma longa negociação entre a diretoria do
centro e a Fergs, através do trabalho incessante de Manoel Garcia de Oliveira. Até que em 13 de setembro de 1990, o
conselho Executivo da FERGS reunidos em Caxias do Sul, anunciou a decisão de devolver o imóvel.
O documento de reversão foi assinado em cartório no dia 10 de outubro de
1996. O presidente do Centro Cacique de Barros era Sírio Monteiro da cunha.
A parte térrea ficou pronta em 1953 e o pavilhão onde hoje é a Sala de
Palestras foi construído em 1956.
Uma das salas do Centro foi cedida para a instalação da primeira Maçonaria
de Bento, que na época também sofria muito preconceito.
Em 1963, os associados da Cruzada Espírita dos Militares venderam o imóvel
situado no bairro São Roque e doaram os recursos para o Centro Cacique de Barros.
Duílio Lena Bérni, Servílio Donini,
Pedro Invar Batista Dibe, Marino Pereira da Cruz, Mary Miguel Zanoni, Dileta G. OrsatoTramontina, Ruy Luciano
Maganha, Marina Bittencourt, Íria Teresa Frittoli Guedes, Adilson de Souza Alexandre, Adão de Araújo, Adão Bandeira
dos Santos, Sírio Monteiro Cunha, Manoel Garcia de Oliveira, Fernando Gasperin, Pedro Lacerda Pereira, Vanderlei de
Almeida Silva, Janilso Siega e Daniela Herter.